20110530

Castidade, por que não?

Na sociedade a palavra castidade, hoje em dia, se tornou uma palavra jogada ao vento. Castidade é sinônimo de velho, ultrapassado, careta e tantos outros termos. Para um jovem, falar que é virgem é o mesmo que viver sozinho e ser rejeitado, o mesmo que não se sentir inserido no grupo.

Hoje em dia, sexo é normal, perdeu a consciência de se guardar para o casamento e até mesmo o casamento, infelizmente, perdeu a importância diante de uma cultura do prazer imediato. Vivemos na época do “amor”: tudo que se faz com “amor” não é errado.

Também vivemos numa época de carência: muitos jovens estão profundamente carentes e outros tomando antidepressivos, muitos estão profundamente angustiados; muitos estão sorrindo, se alegrando, brincando, mas no fundo são pessoas que trás em si um vazio, irrealizados. Poderia dizer que crianças estão tendo doenças de adulto, mas na verdade são coisas que nem adulto deveriam ter, pois, muitos estão pulando etapas da vida.

O mundo de hoje é capaz de tirar a caridade do homem, torna o homem mais egoísta e mais imaturo. Como consequência ele fica mais alienável e menos dono de si. A maioria do homem de hoje, por exemplo, é capaz de não pintar a casa de seus pais para não sujar as unhas ou pegar pesados pesos numa academia, mas negar, quando é para levar um pequeno peso para ajudar alguém. Homem de hoje dá mais valor ao prazer do que as coisas estabelecidas. É muito interessante ouvir um jovem dizer que ama os pais, mas lhes causa sofrimentos com suas atitudes é um caso típico da não vivencia da correta sexualidade. Quem vive a castidade é mais livre para fazer o bem, não tolera vida e linguagem dupla, é menos individualista, é mais matura e sabe escolher.

Deus criou o homem, dotou o homem de determinadas satisfações, certas satisfações têm hora determinada para acontecer, que é o caso do prazer que o sexo proporciona. Podemos comparar a um trabalhador que antes de receber o seu salário já estourou o seu cartão de crédito, passou o mês preocupado com suas contas e sem dinheiro. Uma pessoa que não vive a castidade pode esta incentivando o naufrágio do seu casamento muito antes dele acontecer. Por que, mesmo que as leis e o mundo fiquem mais liberais, o interior do homem continua inseguro, ciumento, não tolera uma linguagem dupla... Basta olhar para o lado e ver como os casamentos estão naufragando, hoje em dia.

A sexualidade humana está ordenada para o bem do casamento, um sustento para o amor dos esposos, é neste contexto que acontece a santificação desse prazer intenso. Neste caso não é puramente biológico, mas também espiritual. A sexualidade está ligada a nossa caridade, a capacidade de doação e respeito, e maturidade; está ligada ao interior do homem, tornando-o mais humano à medida que busca vivê-la corretamente.

A maioria dos que ensinam a palavra de Deus, hoje em dia, propõe um seguimento de Jesus como se eLE fosse um agente social e muitas vezes não ouvimos sobre castidade. Mas o catecismo da Igreja católica nos ensina que Jesus foi casto e pobre, toda doutrina católica é baseada nestes dois pontos: castidade e pobreza. A castidade é uma virtude esquecida na sociedade, mas fundamental para o ser humano.

20110522

Homossexualismo.

Uma maneira de entender a tendência homossexual é relacionar aos maus desejos humanos, as concupiscências: “cobiça sensual, a cobiça do que se vê, o gabar-se da boa vida” (1João 1,16) são maus desejos que estão dentro do coração e João completa que esses maus desejos não procedem do Pai, mas do mundo.

Esses maus desejos se desdobram em muitas outras inclinações, como: a inclinação pelo roubo, pelas riquezas deste mundo, pelo sexo, pela preguiça, pela bebida... Essas inclinações podem gerar desequilíbrio e virar atos desordenados à medida que o homem as incentiva. Existem muitas inclinações e cada pessoa tem a sua. Quem tem a pulsão por roubar pode não ter uma forte pulsão sexual, quem tem pulsão sexual pode não ter uma pulsão por vida boa... Mas todos nós temos uma inclinação má, todos nós temos que abraçar a cruz de Cristo. Daí fica fácil contextualizar o homossexual, ele é um ser humano como todos nós e que precisa fazer a vontade de Deus que é unir-se ao sacrifício da cruz do Senhor.

A Igreja de maneira nenhuma desrespeita o homossexual, nem ensina seus fies a desrespeitar e até mesmo vê como um caso dificílimo sem muita explicação. O que ela ensina para todos os filhos de Deus é o caminho da cruz para a salvação da alma e chega a declarar que pela dificuldade de viver a castidade a pessoa com tendência homossexual pode ser santo se lutar contra o ato antinatural. O pecado – o erro para igreja – não é a tendência, mas o ato antinatural. A visão da Igreja é a visão bíblica que uma família se constitui de um homem e uma mulher que se uniram em matrimônio e geraram filhos de uma relação natural, sendo este o projeto de Deus.

Jesus quando se encarnou passou fazendo o bem: curou o sego, o paralítico, o possuído, retirou 7 espíritos maus de Maria madalena, converteu Zaqueu um corrupto cobrador de impostos, ressuscitou Lazaro com quatro dias de falecido e Jesus depois de ressuscitado, converteu Saulo um homem que perseguia e assassinava os cristãos... Jesus pode curar o homossexualismo.

Dentro da Igreja católica já vi pessoas com tendências homossexuais que foram nitidamente curadas, assim como, já vi pessoas que não conseguem esta graça. A proposta da Igreja é abraçar a cruz. O cristianismo é renunciar a si mesmo, é tomar a cruz como Jesus falou, a cruz sempre será pesada e difícil. A porta é estreita e isto jamais ira mudar. Não é assim: “cada um tem a sua verdade". Para nós, Jesus é a verdade e o caminho, no cristianismo a maior satisfação é estar primeiro com eLE.

“Deus criou o homem a sua imagem; a imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. (Gênesis 1,27)

20110515

Baladas faz bem?


Balada é o nome dado a uma noite de diversão com músicas, alegria, madrugadas... Mas há mal na balada? Quase todo jovem gosta de se divertir, dançar e estar com os amigos. E ali conversar, contar estórias, paquerar e como é um momento especial é bom botar uma roupa maneira para se sentir inserido no grupo. Certo dia um amigo me disse: “jovem que não gosta de se divertir enterra que está morto”. Está no coração do jovem esta busca pela novidade, à vontade de ser bem aceito no grupo, é normal nesse momento de descoberta e de passagem para uma vida adulta.

Eu vivo em um lugar onde antigamente ainda tinha as características do interior, comíamos mingau no prato: Minha mãe pegava o leite, fervia, colocava açúcar e maisena. Quando saia do fogo colocava em pratos de alumínio, ficava muito quente soltando fumaça. Eu e meus irmãos ficávamos loucos para comer aquele mingau com a colher, mas era muito quente, então, íamos comendo pela beirada do prato onde começava esfriar mais rápido e quando chegávamos no centro do prato já estava mais frio e dava para comer.

A juventude também é o momento de maior inteligência, onde os neurônios estão a pleno vapor. Neste momento o jovem sabe fazer bem esta leitura e usa para o seu bem, mas falta experiência de vida e muitas vezes no seu orgulho não escuta alguém com um pouco mais de idade; também é momento de conflito: é momento de culpar os pais pelos seus fracassos, é momento de achar que os confiáveis são os amigos distante da família; é um momento em que muitos olham para os defeitos dos membros da família, não vê as virtudes. Talvez seja o ápice do orgulho humano, talvez ainda não reconhecido como orgulho por eles. E é através do orgulho que entra o mal: quase sempre o jovem pensa que está no controle das coisas que o cerca, o mal deixa que ele pense que está certo, esconde sua face mostrando que é bom se controlado. O jovem neste momento é como um prato de mingau fervendo o mal vai comendo pela beirada até dominá-lo completamente.

Cada jovem têm o seu mau desejo, aquilo que lhe faz cair, a chamada concupiscência: Uns caem na bebida, outros no roubo, outros no sexo, outros na diversão... Se pensarmos bem a bebedeira não começa com muitas bebidas, começa por um copo; o jovem não faz sexo no primeiro namoro, mas depois da primeira vez já fica mais difícil de controlar; o jovem vai pra balada e volta na primeira vez á meia noite, mas depois vai chegando cada vez mais tarde; experimenta um cigarro de maconha hoje e passa mal, mas depois repete e vai procurando cada vez drogas mais fortes... Cada um cai aonde é fraco. Talvez, seja incentivado pela falta de carinho dos pais; hoje muitos jovens são criados sem direção, outros numa filosofia que tudo pode, outros são criados por pais que estão perdidos no meio de tantas informações, pais que também já vieram de uma sociedade liquida; outros caem pelas amizades... Tudo isto é o reflexo da sede de Deus na nossa alma.

O conceito de balada sugere liberalidade, é diferente de uma diversão sadia – dizer: vou pra balada é o mesmo que vou me “largar” -, é uma vitrine daquilo que faz cair: a maioria das musicas de baladas, hoje são inspiradas no “amor Eros” – Eros na mitologia grega é aquele cupidinho com uma flechinha e filho de Afrodite e Ares -, o amor paixão; um outro tipo de musica é a erótica e a com duplo sentido; também há baladas especializadas em drogas como é o caso das “raves” – A êxtase é uma droga para emagrecer que com a batida do ritmo “tecno” causa alucinações, por isto, a musica não necessita de letra o que importa é a batida –; além disso tudo, não há hoje baladas sem bebida alcoólica.

Para que o homem se sinta feliz e realizado, são necessários uma retidão e um objetivo claro. O “mundo” trabalha para que o homem não chegue na sua meta, minando o subconsciente com seus produtos maléficos. As baladas é uma porta para que o ser humano perca a direção, que chegue na segunda feira pensando no que vai fazer no sábado para se “divertir”, enquanto a vida vai passando, coisa que necessitam de esforço e grande maturidade vai sendo eliminadas: marido e ser pai, esposa e ser mãe, ser homem responsável, ser mulher responsável... É eliminado tudo que é duradouro e é substituído pelo imediatismo, aos poucos a vida vai perdendo o foco.

A filosofia da balada cria o marido e esposa por acaso, o filho por acaso, o trabalho por ocasião e obrigação; saídas como a pílula do dia seguinte, camisinha e o aborto; a luta por um contrato, carro zero com casa de papelão; alimento dos prazeres para saciar a sede. É gente linda sem direção, gente que acredita na fé sem Deus no coração.


Jesus disse: “-Quem tiver sede venha a mim para beber: quem crê em mim. Assim diz a escritura: de suas entranhas brotarão rios de águas vivas”. ( João 7,37b-38)