20111214

Faz um milagre em mim

Em dezembro de 2009 escutei pela primeira vez a música Faz um milagre em mim com Regis Danese. Uma linda musica falando sobre Zaqueu e um desejo profundo de que Jesus entrasse em sua vida. Hoje não só as igrejas evangélicas cantam esta música, esta musica está em muitos grupos de oração da Igreja Católica espalhados pelo Brasil a fora. Cantada nas missas, às vezes. Não estou querendo tirar a beleza, mas denunciar algo que falta na música:
O Evangelho que fala de Zaqueu esta no Evangelho de Lucas no capitulo 19, 1-10.
Zaqueu era cobrador de impostos que diz o Evangelho ser muito rico e desejava ver Jesus, o Evangelho não entra num aprofundamento da razão, apenas revela ser um desejo. Com sua baixa estatura, Zaqueu sobe numa árvore:

Como Zaqueu quero subir
O mais alto que eu puder...

Subir reflete o desejo de Zaqueu, talvez ele tenha chamado a atenção de Jesus ao subir na àrvore, talvez eLE tenha visto o esforço de Zaqueu e viu ali algo sincero e diferente dos outros que estava em sua volta, talvez ali percebeu mais um filho de Abraão. Alguns teólogos fazem teses sobre o que motivou o desejo de Zaqueu subir na árvore, mas apenas me atenho ao Evangelho que diz ser um desejo.

Logo depois a música entra com uma estrofe assim:

Entra na minha casa
Entra na minha vida...

Mas existe um pedido de Jesus a Zaqueu a qual a música oculta:

Quando Jesus chegou ao lugar, olhou para cima e disse: “Desça depressa, Zaqueu, porque hoje preciso ficar em sua casa” (Lucas 19,5)

Se Zaqueu uma vez subiu para ver Jesus, e viu, também precisou descer para que Jesus ficasse em sua casa. No Evangelho o fato de subir, tem a mesma importância do descer. Zaqueu subiu, viu e ao mandato de Jesus, desceu. Descer para zaqueu era romper com seu egoísmo e com a ganância que o tornou rico, isto mostra para nós que precisamos descer dos nossos pecados para que Jesus fique em nossa casa. Nossos impostos hoje em dia chegam a nossas casas através do correios, que nos entrega e pagamos em um banco. Na época de Jesus, existiam cobradores de impostos, encarregados a cobrar os devedores e estes tinham fama de corruptos, cobravam os impostos do povo a mais e embolsavam o que sobrava dessa falcatrua. Daí, então, estes não eram bem vistos, eram pecadores.

Para se encontrar com Jesus, Zaqueu precisou descer depressa, assim que eLE o chamou. E o capítulo 8 prova a conversão de Zaqueu: “A metade dos meus bens, Senhor, eu dou aos pobres; e se eu roubei alguém, vou devolver quatro vezes mais”. A consciência dos erros e a partilha são para quem obedeceu A Jesus e desceu da sua árvore.

20111206

"Os pequenos", segundo São Paulo

(Romanos 14, 20-21) – “Por causa de um alimento, não destruas as obras de Deus! Certamente, tudo é puro, mas é errado comer alguma coisa dando escândalo. É melhor abster-se de carne e de vinho e de qualquer coisa que possa fazer teu irmão tropeçar”.


(1º Coríntios 8, 9-13) - “Mas tomai cuidado para que essa vossa liberdade não se torne ocasião de queda para os fracos. Pois, se alguém que tem a consciência fraca te enxergar, a ti que tens conhecimento, comendo num templo de ídolo, será que sua consciência não será induzida a comer carne oferecida aos ídolos? E, então por causa do teu conhecimento, perece o fraco, o irmão, pelo qual Cristo morreu. Assim, pecando vós contra os irmãos e ferindo sua débil consciência, pecais contra Cristo. Pelo que, se a comida serve de ocasião de queda a meu irmão, jamais comerei carne, a fim de que eu não me torne ocasião de queda para o meu irmão”.

Lendo estas duas passagens das cartas de São Paulo, podemos entender o que ele dizia sobre os “fracos” e “os oprimidos”, por quem Cristo morreu. A palavra às vezes não educa, é necessário o testemunho. Morrer para os apegos, viver para Cristo e para o irmão. O que há em nós que pode provocar queda no irmão de consciência fraca? Esta é a verdadeira luta revolucionária, a qual nós temos que travar contra nossos caprichos e apegos para que o irmão tenha vida.

Também cuidar do irmão mais necessitado materialmente, mas nunca pensar que esta num campo de concentração envolto por inimigos. A guerra que precisamos travar é contra nós mesmo, os inimigos do homem são seus pecados e seus egoísmos, principados e potestades que dominam o mundo.
Não existem católicos de esquerda e nem de direita. O que existe são pastores que juram fidelidade a Igreja e a trai na sua primeira homilia, chamando-a de imperialista e opressora nas entrelinhas. Como um esposo que fez os juramento matrimonial de fidelidade e trai a sua esposa nos dias das núpcias.

Hoje a neutralidade é morbidez, uma ofensa aos mártires da Igreja. Se “quem ama viu a Deus”, também, “quem ama o mundo não possui o amor do Pai” ou “Sabemos que somos de Deus ao passo que o mundo pertence ao maligno”. (frases da 1ª Carta de São João). Podemos ter pastores que realmente querem nos libertar dos nossos pecados ou apenas ficar apontando o pecado do consumismo e falando de acolhimento, fraternidade.

É triste ver alguém dizer: Católico pode tudo, enquanto vão encontrando refúgio em igrejas protestantes fundadas por tantos pastores que vivem por ai e abandonando a Igreja fundada por Cristo. Aprendendo mentiras sobre a Igreja católica porque não tiveram ninguém que lhe ensinasse a verdade.