20110929

O que é igreja?

A Palavra igreja vem da união de ekkle (“para fora” em grego) sia (“convocado”), seria então, a tradução mais correta de ekklesia seria convocado a sair. Igreja no sentido etimológico significa: Assembleia do povo convocado, do povo eleito por Deus. Existem estudos que indicam que a palavra ekklesia também era usada para desgnar “curral de ovelhas”, o que leva a acreditar que é uma palavra adotada pelos cristãos no sentido de Pastor e ovelhas.

Eclésia era a principal assembléia popular da democracia ateniense na Grécia Antiga. Era a assembléia popular, aberta a todos os cidadãos. Foi criada por Sólon em 594 a.C. onde era aberta as portas para que todos nomeassem, votassem nos magistrados e os anos de mandato.

Para o cristianismo a palavra igreja designa a assembléia liturgica, mas também comunidade local, ou toda comunidade universal dos crentes. Não dá para separar um sentido do outro assim como não dá para separar a Samtíssima Trindade. Não existe assembléia sem comunidade, não existe comunidade local sem vínculo universal. Uma completa e forma a outra.

*Igreja no sentido povo:

“ Mas vós sos gente escolhida, um sacerdócio régio, uma nação santa, o povo que ele conquistou, a fim de que proclameis os grandes feitos daquele que vos chamou das trevas para a sua luz maravilhosa”. (1Pedro 2,9)

*Igreja no sentido comunidade de fiés:

“Paulo, Silvano e Timóteo à igreja dos tessalonicenses reunida em Deus, nosso Pai, e nossos Senhor Jesus Cristo”. (2Tessalonicenses 1,1).

“Ao anjo da igreja que está em Éfeso escreve:” (Apocalipse de joão 2,1)


*Igreja no sentido comunidade universal, sentido instituição:

“Então os apóstolos e anciãos, de acordo com toda Igreja, resolveram escolher alguns dentre eles para mandá-los a Antioquia, com Paulo e barnabé” (Atos 15 e 15 ,22).

20110922

O que é religião?

Religião quer dizer religação, mas por que religação? Podemos dizer que se Adão e Eva não tivessem cometido o pecado, chamado de “pecado original”, não existiria a religião, vamos entender:
Deus cria o mundo e coloca no meio do Jardim do Éden a arvore do conhecimento do bem e do mal. Dá uma ordem ao homem para que ele não coma do fruto dessa árvore: “Não comais dele nem sequer o toqueis, do contrário morrereis”, a astuta serpente induz a mulher a comer, Eva come e faz Adão, também, comer. Essa desobediência é chamada de pecado original, porque veio das origens.

A Igreja diz que o gênero humano é um só homem – como um só corpo de um só homem. Em virtude dessa unidade do gênero humano, todos os homens estão implicados no pecado de Adão, como todos estão implicados na justiça de Cristo. Essa transmissão é um mistério que não conseguimos compreender plenamente. Porém sabemos pela revelação, que Adão havia recebido a santidade e a justiça originais não exclusivamente para si, mas para toda a humanidade. Então o pecado original, apesar de ser pessoal, privou toda a humanidade da santidade e da justiça originais. No entanto, contraímos por herança um pecado que não cometemos e somos desprovidos de santidade e justiça originais. A santidade e a justiça originais ligavam Adão a Deus, o pecado privou, desligou e por conseguencia a humanidade, daí a necessidade da religião. Algo capaz de nos religar a Deus.

Para nos livramos deste pecado que contrairmos por herança necessitamos do batismo, é pelo batismo que todos os nossos pecados são perdoados, bem como o pecado original e todos os pecados pessoas. O batismo não somente nos purifica de todos os pecados, mas também nos faz uma nova criatura, um filho adotivo de Deus, um co-herdeiro com Cristo. Porém o batismo não elimina a propensão ao pecado, as concupiscências são deixadas para o nosso combate e que não são capazes de nos prejudicar, se não as consentirmos resistindo com coragem.

Para essa religação que começa no batismo a Igreja católica dispõe de Sacramentos – Sacramento do batismo é o primeiro deles. Os sacramentos são sinais onde são difundidas a graça de Cristo, onde se manifesta a salvação, a obra necessária e santificante para aqueles que querem viver na amizade com Deus.

Religião é algo capaz de nos religar a Deus, nos levando a santidade e a justiça das origens. Um dos sinais do pecado original é que agora nascemos como deuses. “Eis que o homem tornou-se como um de nós, capaz de conhecer o bem e o mal”. Somos como deuses, cada um nasce com sua própria verdade e não olhamos para a verdade original que está em Deus. Num grupo de amigos um acha, outro pensa que... e poucos concordam devido cada um ter a sua própria verdade. Conversão é justamente largar as nossas supostas seguranças e verdades para seguir o modelo de santidade e justiça originais que para nós cristãos, acreditamos estar reveladas em Cristo.

20110910

Liberdade e amor de Cristo

O que é liberdade?

Liberdade é o poder, radicado na razão e na vontade, de agir ou não agir, de fazer isto ou aquilo, praticando assim, por si mesmo, ações deliberadas. Pelo livre arbítrio, cada qual dispõe de si. A liberdade é, no homem, uma força de crescimento e de maturação na verdade e na bondade. E atinge a sua perfeição quando está ordenada para Deus, nossa bem-aventurança. Enquanto se não fixa definitivamente no seu bem último, que é Deus, a liberdade implica a possibilidade de escolher entre o bem e o mal, e, portanto, de crescer na perfeição ou de falhar e pecar. É ela que caracteriza os atos propriamente humanos. Torna-se fonte de louvor ou de censura, de mérito ou de demérito. (CIC. 1731 e 1732).

O amor de cristo.

Existe uma expressão de amor que é exclusivo dos cristãos. Há uma frase de São Paulo que diz assim: “Tudo me é licito, mas nem tudo me convém”. Segundo alguns estudiosos Corinto era uma cidade que tinha muita prostituição por ser portuária e existia um prostíbulo chamado: “Tudo me é licito”. Logo então, São Paulo preocupado com os Cristãos formula essa frase: Tudo me é licito, isto é, tenho a liberdade de fazer qualquer coisa, pois me é permitido. Diante disto tudo, existe um fato que muda toda essa estória que é o fato de Jesus ter morrido na cruz para nos salvar. Jesus sofreu a morte, morte de cruz por todos nós enquanto ainda éramos pecadores e isto nos chama a morrer pelo irmão.
É licito ir para uma balada e voltar ao amanhecer do dia? É licito; É licito ir pra uma festa onde tem bebida alcoólica, drogas, erotismo, musicas de duplo sentido ou inspirada no amor Eros? Sim, me é licito; É licito vender bebida alcoólica? É licito. Meu livre arbítrio permite que eu faça, eu tenho minha liberdade, não se escandalize. E, também, penso que conheço os perigos e não me deixarei levar pelo “mau caminho”. Mas não me convém.

Por que o amor que Jesus revelou na cruz nos chama a morrer pelos nossos irmãos:

“Se tomando tal alimento, entristeces teu irmão, já não estas procedendo de acordo com o amor. Por causa do alimento que tomas, não seja ocasião de perdição para aquele por quem Cristo morreu”.

“É melhor abster-se de carne e de vinho e de qualquer coisa que possa fazer teu irmão tropeçar”. (Romanos 14, 15 e 21).

“Mas tomai cuidado para que essa vossa liberdade não se torne ocasião de queda para os fracos. Pois, se alguém que tem a consciência fraca te enxergar, a ti que tens conhecimento, comendo num templo de ídolo, será que sua consciência não será induzida a comer carne oferecida a ídolos? E, então por causa do teu conhecimento, perece o fraco, o irmão pelo qual Cristo morreu. Pecando assim contra os irmãos e ferindo a consciência deles, que é fraca, é contra Cristo que pecais. Por isto, se um alimento, a carne por exemplo, é ocasião de queda para meu irmão, nunca mais comerei carne, para não fazer cair meu irmão”. (Coríntios 8,9-1).

Quanto mais o homem fizer o bem, mais livre se torna. Não há verdadeira liberdade senão no serviço do bem e da justiça. A opção pela desobediência e pelo mal é um abuso da liberdade e conduz à escravidão do pecado (31).A liberdade torna o homem responsável pelos seus atos, na medida em que são voluntários. O progresso na virtude, o conhecimento do bem e a ascese aumentam o domínio da vontade sobre os próprios atos. (CIC. 1733 e 1734).

20110903

Amor de novela e casamento

Muitas pessoas que conheço se perguntaram: Por que meu casamento acabou? Se analisarmos cada um caso, podemos dizer: cada caso é um caso. Existem casamentos que teve tudo para terminar e foi “até que a morte nos separe”, existem outros que tem tudo pra dar certo e dá errado. Têm muita gente que chega neste ponto e diz: é inexplicável.

Com o crescimento das Expressões artísticas modernas, principalmente a televisão, ouve uma maciça divulgação de estórias do tipo contos de fadas. No entanto estas estórias incentivam a ilusão humana e adia a possibilidade de uma consciência mais “pé no chão”. Todos nós somos marcados pelo pecado original e nascemos, todos, como me disse alguém, um dia: “O nosso propósito nesta vida é encontrar Jesus a pérola que o pecado escondeu, é pra isto que nascemos”. Temos tendências, fraquezas, que uma vez incentivadas pelo meio externo tornam realidades destrutivas.

Hoje, principalmente a mulher, esta muito ligada em novelas. Mergulham muitas vezes numa versão poética do amor eros, onde ele e somente ele existe no ser humano, seja o galã ou o vilão se apaixonam e nisto se igualam, somos todos iguais perante o amor; por esse amor se negligencia o passado, a fidelidade, o compromisso diante de Deus...; o humano é um ser individualista que só se relaciona através desse amor. Para fazer essa versão poética do amor eros a novela nega outros sentimentos humanos: na novela sentimentos como a insegurança e o ciúme são negligenciados, o homem pode ter cometido vários delidos, mas o amor faz esquecer o passado. O que na vida real, no dia a dia de um casal, erros do passado devem ficar bem claros como superados. O sentimento de posse pode ter sua origem num passado mal vivido e que gera insegurança em um dos conjugues, não há relação sadia sem arrependimento dos erros, não há uma doação mais pura sem que aja uma consciência reta defendendo valores.

Cada homem nasce com sua “verdade”, com as suas convicções e com isto gera um modo de ser bem particular. Por outro lado este modo de ser e sua “verdade” fazem com que o homem seja iludido por estas estórias em que o amor eros resolverá o problema. Mas quem é Eros? Eros é um deus da mitologia grega, segundo esta mitologia Eros é filho do deus Ades e da deusa Afrodite. Eros se apaixonou – por isto, eros é o amor paixão – por uma deusinha chamada Psique, foi preso por sua mãe a deusa Afrodite que não aceitava esta união. No entanto novelas cometem uma idolatria, divulgam o deus Eros e levam as pessoas ao mesmo erro. O amor eros – a paixão – acaba e ficam as divergências de convicções e verdades por que o amor eros não é capaz de promover arrependimentos e unidades. Pois é um amor egoísta.

O Deus único e verdadeiro colocou no homem uma sede, esta sede pode produzir buscas que nem sempre são saciadas. Após a descoberta desta sede o homem pode buscar preencher da sua própria maneira e desacreditar no amor após algumas desilusões, ou, se deixar levar pelo Amor verdadeiro e fazer a experiência do amor de Deus; se converter, se arrepender e buscar valores. Este último saberá que no mundo há tentações e por isto o amar é quase sempre tomar uma decisão de ser fiel, de ter respeito, de ponderar, aceitar, corrigir e ouvir. E saberá que quando casados surgiram tentações, não será maravilhoso como a proposta da novela: com um feliz para sempre! O maligno sempre tentará destruir e não deixar que um namoro dê certo ou se der, ele vai tentar destruir o casamento. Por exemplo: o mau sempre colocará uma mulher na vida do esposo para que ele possa cair, assim como colocará um homem na vida da esposa, assim como outras situações que possam dividir o que Deus uniu. Jesus ensina: - “Fuji dele e ele afastará de vós”.

Qualquer casamento dá certo se vivido nos valores de Deus e na oração, porque antes de tudo o “Amor é uma faísca de Javé”, é graça de Deus.