20180421

A morte de Jesus

Resolvi escrever sobre algo diferente, algo que vem de dentro.
Quando pedimos perdão, pedimos por pensamentos, atos, palavras, omissões, mas esquecemos da tal cumplicidade.

Cumplicidade é a participação secundária de um crime cometido por outro.  Seus sinônimos são: companheirismo, camaradagem, compadrio, solidariedade, conivência, tolerância, complacência...
Este monte de sinônimos são importantes para intender o que vou escrever. 

2284. O escândalo é a atitude ou comportamento que leva outrem a fazer o mal. O escandaloso transforma-se em tentador do seu próximo; atenta contra a virtude e a rectidão, podendo arrastar o irmão para a morte espiritual. O escândalo constitui uma falta grave se, por acção ou omissão, levar deliberadamente outra pessoa a cometer uma falta grave.
2285. O escândalo reveste-se duma gravidade particular conforme a autoridade dos que o causam ou a fraqueza dos que dele são vítimas. Ele inspirou esta maldição a nosso Senhor: «Mas se alguém escandalizar um destes pequeninos que crêem em Mim, seria preferível que lhe suspendessem do pescoço a mó de um moinho e o lançassem nas profundezas do mar» (Mt 18, 6) (59). O escândalo é grave quando é causado por aqueles que, por natureza ou em virtude da função que exercem, tem a obrigação de ensinar e de educar os outros. Jesus censura-o nos escribas e fariseus, comparando-os a lobos disfarçados de cordeiros (60).
2286. O escândalo pode ser provocado pela lei ou pelas instituições, pela moda ou pela opinião.
É assim que se tornam culpados de escândalo os que estabelecem leis ou estruturas sociais conducentes à degradação dos costumes e à corrupção da vida religiosa, ou a «condições sociais que, voluntária ou involuntariamente, tornam difícil e praticamente impossível uma conduta cristã conforme aos mandamentos» (61). O mesmo se diga dos chefes de empresa que tomam medidas incitando à fraude, dos professores que «exasperam» os seus alunos (62), ou daqueles que, manipulando a opinião pública, a desviam dos valores morais.
2287. Aquele que usa dos poderes de que dispõe, em condições que induzem a agir mal, torna-se culpado de escândalo e responsável pelo mal que, directa ou indirectamente, favorece. «É inevitável que haja escândalos, mas ai daquele que os causa» (Lc 17, 1).

Vamos aos fatos:
Dom Armando é presidente da comissão episcopal pastoral para liturgia da CNBB.  Ele diz que as autoridades judaicas e romanas mandavam no povo e se uniram para matar Jesus. È fato que uma das bases da teologia da libertação é a morte de Jesus que segundo ela foi morto pelas autoridades judaicas, essa elite queria exclusividade e não aceitou a inclusão dos pobres no reino de Deus.  Essas autoridades da elite judaica teria manipulado o povo para matar Jesus.

:Bento XVI ratificou este erro da TL, e voltou ao texto de Isaías: quem matou Jesus não foi homens, mas as faltas humanas, o pecado humano, as iniquidades humanas. Francisco em Israel falou que não devemos fazer antissemitismo. Vale lembrar que essa foi uma frase de Bento XVI que seve como  critica a hermenêutica marxista da teologia da libertação, qual diz que a elite judaica foi quem condenou e manipulou o povo contra Jesus e levou-O a morte.

No minimo uma nota de uma teologia já condenada por vários papas não deveria estar num site católico. Não está nos evangelhos, não é católico, a Igreja não aceita... Por que está ali? Levando os católicos ao erro. Por quê nem um bispo se levanta para corrigir?

Vamos aos textos:

Texto 1

Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. (Isaías 53-5)

Texto 2:

597 CIC. Tendo em conta a complexidade histórica do processo de Jesus, manifestada nas narrativas evangélicas, e qualquer que tenha sido o pecado pessoal dos intervenientes no processo (Judas, o Sinédrio, Pilatos), que só Deus conhece, não se pode atribuir a responsabilidade do mesmo ao conjunto dos judeus de Jerusalém, apesar da gritaria duma multidão manipulada (430) e das censuras globais contidas nos apelos à conversão, depois do Pentecostes (431). O próprio Jesus, perdoando na cruz (432) e Pedro a seu exemplo, apelaram para «a ignorância» (433) dos judeus de Jerusalém e mesmo dos seus chefes. Menos ainda é possível estender a responsabilidade ao conjunto dos judeus no espaço e no tempo, a partir do grito do povo: «Que o seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos»(Mt 27, 25), que é uma fórmula de ratificação (434):