Mundanismo é uma palavra muito falada pelo atual Papa, mas
afinal o que é mundanismo? Mundanismo é uma palavra bíblica para denunciar uma
mentalidade em conformidade com o mundo.
Os primeiros cristãos nos primeiros séculos eram pequenos
grupos, segundo os Atos dos apóstolos: “Eles eram
perseverantes em ouvir os ensinamentos dos apóstolos, na comunhão fraterna, na
fração do pão e nas orações”. Pessoas que chamavam a atenção pela forma que viviam: “Olhem como se amam”. Esta forma de viver era diferente, pessoas mudavam da
vida anterior, se convertiam de seus pecados, se libertavam de vícios e
conseguiam se aproximar ao projeto indicado por Deus. A consciência, palavras,
atos, vivencia contrária e este projeto se chamava mundanismo.
“Não ameis o mundo nem, o que há no
mundo. Se alguém ama o mundo não está nele o amor do Pai. Porque tudo que há no
mundo – a concupiscência humana, a cobiça dos olhos e a ostentações pelas
riquezas – não vem do Pai, mais do mundo”. (1João 2,15-16).
Segundo São
João o mundo tem seu próprio projeto que é contrário ao projeto de Deus para o
homem. São Tiago coloca como estremos: “Adúlteros,
não sabes que amizade com o mundo é inimizade com Deus” (Tiago 3,4).
Se pensarmos
nos dias dia de hoje vemos: falência nos casamentos, nem as uniões livres dão
certo, namoro muito menos, pandemia de drogas e alcoolismo, traição, violência,
depressão em adolescentes, corrupção... Pessoas traumatizadas, individualistas,
egoístas, crianças bagunceiras e desobedientes, pais sem saber como educar os
filhos... crise dos sacerdotes...
O mal do
século é a carência.
Mundanismo é
achar que para isto tudo não existe saída e se entregar a correnteza, é pensar:
“todo mundo faz”, é fazer o mesmo, “é ser igual a tudo que se ver”, é ser deixado
se levar pela maré...
Todos os fiéis de Cristo “devem
dirigir retamente seus afetos para que, por causa do uso das coisas mundanas,
por causa do apego as riquezas contra o espírito da pobreza evangélica, não
sejam impedidos de tender a perfeição da caridade”. “Bem-aventurados os pobres
em espírito” (Mt 5,3). As bem-aventuranças revelam uma ordem de felicidade e de graça,
de beleza e de paz. Jesus celebra a alegria dos pobres, a quem já pertencem o
Reino. (Catecismo da Igreja Católica 2545-2546)