20120208

Posso ouvir qualquer música?

Uma questão muito polemica nos dias de hoje é a questão musical. Uma pergunta que eu sempre fiz e não obtive resposta, foi: Católico sempre ouviu e dançou música secular? Quantos católicos que eu conheço gosta de dançar um forró, jovens católicos vão para balada, mas será isso pecado?

Esses dias ouvi uma frase muito curiosa de Bento XVI, era mais ou menos assim: “Os agnósticos, os que estão longe da Igreja, tem mais consciencia do pecado do que alguns católicos de dentro da Igreja”. É uma frase um tanto quanto curiosa, eu acho. Mas existe uma verdade que ele mesmo falou: “A Igreja é como uma rede, pega peixes bons e ruins”. Na Igreja católica existe muita gente boa, acredito até mesmo que estamos saindo do generalizado marasmo religioso. A luz do fim do túnel está ficando mais brilhante, esses dias ouvi Leonardo Boff dizer: “Os Padres de hoje em dia já esta saindo de colarinho branco” e isto é um bom sinal.

Muitas vezes pensamos que determinadas coisas são inofencivas, o que é o caso da música. Quando temos o nosso encontro pessoal com Cristo as coisas começam a mudar: Nos libertamos de muita coisa, precisamos lutar contra pecados e em um estágio mais avançado começamos a perceber que precisamos purificar o nosso olhar, os nossos sentimentos, as nossas atitudes, as nossas palavras... E começando o processo, há uma necessidade de purificar o que escutamos, o que vemos, até mesmo o que cheiramos...

A música deve nos levar a purificar o coração e não mante-lo em uma má pulsão. Daí há a necessidade de se observar a inspiração da música, o que está no coração de quem canta, qual o seu desejo. Devemos sempre nos lembrar o que Jesus nos ensina: “ A boca fala do que o coração esta cheio”. O que fala o homem é um raio X do coração é isso que Jesus nos quer alertar.

A música depende do seu objetivo. O processo de purificação, a gosso modo, é como um processo de esquecimento, então, como posso “esquecer” se tenho sempre alguém para me lembrar?