20120714

O que é o amor?

Esta é a pergunta com muitas respostas e poucos sabem o que é.  Existem muitas teses, teorias e princípios de respostas. Mas a final: o que é o amor?

Muitas vezes, gastamos a vida inteira procurando o amor, procurando alguém ou algo que nos “preencha”, que nos faça sentir-nos amados, valorizados e aceitos. Estamos muitas vezes procurando em todos os lugares errados. E tentamos que os outros preencham esta profunda necessidade em nós, mas eles só podem preenchê-la parcialmente, porque todos nós somos seres humanos limitados.

O amor tem a ver com a entrega da pessoa – que é exatamente o contrário do que o mundo diz. Todos nós sabemos isso de forma intuitiva, mas, ao mesmo tempo, não o vivemos.

Quando as pessoas têm fome, elas não reparam no que estão comendo, comem qualquer coisa. A Madre Teresa costumava dizer que as pessoas na Índia estão tão famintas, que vão procurar excremento de cachorro para comer, para tentar preencher o vazio. Hoje os jovens, estão tão famintos de amor, que tentam preencher seu vazio com todas essas coisas, que são falsificações, lixo, que não saciam.

Mas afinal o que é amor?

Amar é uma “experiência” que começa por amar a Deus, deixando que Ele também nos ame. Estamos muitas vezes procurando em lugares errados. O único que pode preencher a mais profunda necessidade do nosso coração é Deus, que está muito além do que é finito, pois Ele é infinito. Ele pode nos satisfazer, uma e outra vez, tão plenamente, com o seu amor, que então sobreabundamos do seu amor e podemos levá-lo a outra pessoa. Parte do nosso problema é também que não compreendemos quem é Deus e, por conseguinte, nem o que é o amor. “Pensamos em Deus como em um grande ogro no céu. Não dizemos isso, mas pensamos.”

Muita gente pensa que Deus os persegue ou que espera que falhem para poder castigá-los ou fazê-los sofrer. Mas Deus não é assim: Deus faz tudo o que pode para nos salvar, para nos amar, e não pode fazer mais do que já fez. Então, quando chegamos a conhecer isso, nós nos tornamos instrumentos de amor pelos outros.

Aprender a amar não é fácil, nem é algo no qual a pessoa pode se tornar especialista com rapidez. Outra ideia falsa sobre a vida em geral é que as pessoas pensam que é suficiente fazer o que é correto, isso não é suficiente, especialmente para um cristão. Você pode ser ateu e fazer o correto, mas isso não fará de você um cristão. Por isso, temos boas pessoas que fazem coisas e que vão à igreja aos domingos, mas não são diferentes dos ateus. Elas se conformam com fazer coisas, cumprir os mandamentos, isso é bom, mas não é relação. O que interessa é amar, ter a experiência do amor e dar amor.

Amor é:
A oração é o primeiro passo para ser uma pessoa que ama. Mas não se trata somente de recitar orações decoradas na infância, e sim da “oração que é estar na presença de Deus”. E uma boa maneira de rezar é dedicar cinco minutos por dia e começar com um 'sinto muito', desfazendo-se das coisas que nos separam d'Ele. A oração tem o poder de nos deixar a sós com DEUS.

Se abandonar n'Ele, porque amar significa abandonar-se. 'Eu me entrego a Ti.' Isso é amor.”

Em terceiro lugar, você só precisa fechar os olhos e pedir ao Deus do universo que o sustente. Então, durante três ou cinco minutos, sente-se no colo de Deus e encoste a cabeça no seu peito, como João evangelista fez na Última Ceia, e escute as batidas do seu coração. E cada vez que seu coração bater, escute como o Deus do universo diz “eu te amo”, “eu te amo”, “eu te amo”, “eu te amo”...

Uma vez que você faz a experiência do verdadeiro amor, então Você pode ser verdadeiro amor no mundo.

O amor se caracteriza por atos sem interesses, porque, é assim que Deus nos ama. O amor começa com amar a Deus, e deixando-nos ser amados por ELE.



O Pe. Larry Richards sacerdote da diocese de Erie (Aleteia.org)