20130503

Mundanismo.

Mundanismo é uma palavra muito falada pelo atual Papa, mas afinal o que é mundanismo? Mundanismo é uma palavra bíblica para denunciar uma mentalidade em conformidade com o mundo.
Os primeiros cristãos nos primeiros séculos eram pequenos grupos, segundo os Atos dos apóstolos: “Eles eram perseverantes em ouvir os ensinamentos dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações”. Pessoas que chamavam a atenção pela forma que viviam: “Olhem como se amam”. Esta forma de viver era diferente, pessoas mudavam da vida anterior, se convertiam de seus pecados, se libertavam de vícios e conseguiam se aproximar ao projeto indicado por Deus. A consciência, palavras, atos, vivencia contrária e este projeto se chamava mundanismo.
“Não ameis o mundo nem, o que há no mundo. Se alguém ama o mundo não está nele o amor do Pai. Porque tudo que há no mundo – a concupiscência humana, a cobiça dos olhos e a ostentações pelas riquezas – não vem do Pai, mais do mundo”. (1João 2,15-16).
Segundo São João o mundo tem seu próprio projeto que é contrário ao projeto de Deus para o homem. São Tiago coloca como estremos: “Adúlteros, não sabes que amizade com o mundo é inimizade com Deus” (Tiago 3,4).
Se pensarmos nos dias dia de hoje vemos: falência nos casamentos, nem as uniões livres dão certo, namoro muito menos, pandemia de drogas e alcoolismo, traição, violência, depressão em adolescentes, corrupção... Pessoas traumatizadas, individualistas, egoístas, crianças bagunceiras e desobedientes, pais sem saber como educar os filhos...  crise dos sacerdotes...
O mal do século é a carência.
Mundanismo é achar que para isto tudo não existe saída e se entregar a correnteza, é pensar: “todo mundo faz”, é fazer o mesmo, “é ser igual a tudo que se ver”, é ser deixado se levar pela maré...
Todos os fiéis de Cristo “devem dirigir retamente seus afetos para que, por causa do uso das coisas mundanas, por causa do apego as riquezas contra o espírito da pobreza evangélica, não sejam impedidos de tender a perfeição da caridade”. “Bem-aventurados os pobres em espírito” (Mt 5,3). As bem-aventuranças revelam uma ordem de felicidade e de graça, de beleza e de paz. Jesus celebra a alegria dos pobres, a quem já pertencem o Reino. (Catecismo da Igreja Católica 2545-2546)