20110515

Baladas faz bem?


Balada é o nome dado a uma noite de diversão com músicas, alegria, madrugadas... Mas há mal na balada? Quase todo jovem gosta de se divertir, dançar e estar com os amigos. E ali conversar, contar estórias, paquerar e como é um momento especial é bom botar uma roupa maneira para se sentir inserido no grupo. Certo dia um amigo me disse: “jovem que não gosta de se divertir enterra que está morto”. Está no coração do jovem esta busca pela novidade, à vontade de ser bem aceito no grupo, é normal nesse momento de descoberta e de passagem para uma vida adulta.

Eu vivo em um lugar onde antigamente ainda tinha as características do interior, comíamos mingau no prato: Minha mãe pegava o leite, fervia, colocava açúcar e maisena. Quando saia do fogo colocava em pratos de alumínio, ficava muito quente soltando fumaça. Eu e meus irmãos ficávamos loucos para comer aquele mingau com a colher, mas era muito quente, então, íamos comendo pela beirada do prato onde começava esfriar mais rápido e quando chegávamos no centro do prato já estava mais frio e dava para comer.

A juventude também é o momento de maior inteligência, onde os neurônios estão a pleno vapor. Neste momento o jovem sabe fazer bem esta leitura e usa para o seu bem, mas falta experiência de vida e muitas vezes no seu orgulho não escuta alguém com um pouco mais de idade; também é momento de conflito: é momento de culpar os pais pelos seus fracassos, é momento de achar que os confiáveis são os amigos distante da família; é um momento em que muitos olham para os defeitos dos membros da família, não vê as virtudes. Talvez seja o ápice do orgulho humano, talvez ainda não reconhecido como orgulho por eles. E é através do orgulho que entra o mal: quase sempre o jovem pensa que está no controle das coisas que o cerca, o mal deixa que ele pense que está certo, esconde sua face mostrando que é bom se controlado. O jovem neste momento é como um prato de mingau fervendo o mal vai comendo pela beirada até dominá-lo completamente.

Cada jovem têm o seu mau desejo, aquilo que lhe faz cair, a chamada concupiscência: Uns caem na bebida, outros no roubo, outros no sexo, outros na diversão... Se pensarmos bem a bebedeira não começa com muitas bebidas, começa por um copo; o jovem não faz sexo no primeiro namoro, mas depois da primeira vez já fica mais difícil de controlar; o jovem vai pra balada e volta na primeira vez á meia noite, mas depois vai chegando cada vez mais tarde; experimenta um cigarro de maconha hoje e passa mal, mas depois repete e vai procurando cada vez drogas mais fortes... Cada um cai aonde é fraco. Talvez, seja incentivado pela falta de carinho dos pais; hoje muitos jovens são criados sem direção, outros numa filosofia que tudo pode, outros são criados por pais que estão perdidos no meio de tantas informações, pais que também já vieram de uma sociedade liquida; outros caem pelas amizades... Tudo isto é o reflexo da sede de Deus na nossa alma.

O conceito de balada sugere liberalidade, é diferente de uma diversão sadia – dizer: vou pra balada é o mesmo que vou me “largar” -, é uma vitrine daquilo que faz cair: a maioria das musicas de baladas, hoje são inspiradas no “amor Eros” – Eros na mitologia grega é aquele cupidinho com uma flechinha e filho de Afrodite e Ares -, o amor paixão; um outro tipo de musica é a erótica e a com duplo sentido; também há baladas especializadas em drogas como é o caso das “raves” – A êxtase é uma droga para emagrecer que com a batida do ritmo “tecno” causa alucinações, por isto, a musica não necessita de letra o que importa é a batida –; além disso tudo, não há hoje baladas sem bebida alcoólica.

Para que o homem se sinta feliz e realizado, são necessários uma retidão e um objetivo claro. O “mundo” trabalha para que o homem não chegue na sua meta, minando o subconsciente com seus produtos maléficos. As baladas é uma porta para que o ser humano perca a direção, que chegue na segunda feira pensando no que vai fazer no sábado para se “divertir”, enquanto a vida vai passando, coisa que necessitam de esforço e grande maturidade vai sendo eliminadas: marido e ser pai, esposa e ser mãe, ser homem responsável, ser mulher responsável... É eliminado tudo que é duradouro e é substituído pelo imediatismo, aos poucos a vida vai perdendo o foco.

A filosofia da balada cria o marido e esposa por acaso, o filho por acaso, o trabalho por ocasião e obrigação; saídas como a pílula do dia seguinte, camisinha e o aborto; a luta por um contrato, carro zero com casa de papelão; alimento dos prazeres para saciar a sede. É gente linda sem direção, gente que acredita na fé sem Deus no coração.


Jesus disse: “-Quem tiver sede venha a mim para beber: quem crê em mim. Assim diz a escritura: de suas entranhas brotarão rios de águas vivas”. ( João 7,37b-38)