20110910

Liberdade e amor de Cristo

O que é liberdade?

Liberdade é o poder, radicado na razão e na vontade, de agir ou não agir, de fazer isto ou aquilo, praticando assim, por si mesmo, ações deliberadas. Pelo livre arbítrio, cada qual dispõe de si. A liberdade é, no homem, uma força de crescimento e de maturação na verdade e na bondade. E atinge a sua perfeição quando está ordenada para Deus, nossa bem-aventurança. Enquanto se não fixa definitivamente no seu bem último, que é Deus, a liberdade implica a possibilidade de escolher entre o bem e o mal, e, portanto, de crescer na perfeição ou de falhar e pecar. É ela que caracteriza os atos propriamente humanos. Torna-se fonte de louvor ou de censura, de mérito ou de demérito. (CIC. 1731 e 1732).

O amor de cristo.

Existe uma expressão de amor que é exclusivo dos cristãos. Há uma frase de São Paulo que diz assim: “Tudo me é licito, mas nem tudo me convém”. Segundo alguns estudiosos Corinto era uma cidade que tinha muita prostituição por ser portuária e existia um prostíbulo chamado: “Tudo me é licito”. Logo então, São Paulo preocupado com os Cristãos formula essa frase: Tudo me é licito, isto é, tenho a liberdade de fazer qualquer coisa, pois me é permitido. Diante disto tudo, existe um fato que muda toda essa estória que é o fato de Jesus ter morrido na cruz para nos salvar. Jesus sofreu a morte, morte de cruz por todos nós enquanto ainda éramos pecadores e isto nos chama a morrer pelo irmão.
É licito ir para uma balada e voltar ao amanhecer do dia? É licito; É licito ir pra uma festa onde tem bebida alcoólica, drogas, erotismo, musicas de duplo sentido ou inspirada no amor Eros? Sim, me é licito; É licito vender bebida alcoólica? É licito. Meu livre arbítrio permite que eu faça, eu tenho minha liberdade, não se escandalize. E, também, penso que conheço os perigos e não me deixarei levar pelo “mau caminho”. Mas não me convém.

Por que o amor que Jesus revelou na cruz nos chama a morrer pelos nossos irmãos:

“Se tomando tal alimento, entristeces teu irmão, já não estas procedendo de acordo com o amor. Por causa do alimento que tomas, não seja ocasião de perdição para aquele por quem Cristo morreu”.

“É melhor abster-se de carne e de vinho e de qualquer coisa que possa fazer teu irmão tropeçar”. (Romanos 14, 15 e 21).

“Mas tomai cuidado para que essa vossa liberdade não se torne ocasião de queda para os fracos. Pois, se alguém que tem a consciência fraca te enxergar, a ti que tens conhecimento, comendo num templo de ídolo, será que sua consciência não será induzida a comer carne oferecida a ídolos? E, então por causa do teu conhecimento, perece o fraco, o irmão pelo qual Cristo morreu. Pecando assim contra os irmãos e ferindo a consciência deles, que é fraca, é contra Cristo que pecais. Por isto, se um alimento, a carne por exemplo, é ocasião de queda para meu irmão, nunca mais comerei carne, para não fazer cair meu irmão”. (Coríntios 8,9-1).

Quanto mais o homem fizer o bem, mais livre se torna. Não há verdadeira liberdade senão no serviço do bem e da justiça. A opção pela desobediência e pelo mal é um abuso da liberdade e conduz à escravidão do pecado (31).A liberdade torna o homem responsável pelos seus atos, na medida em que são voluntários. O progresso na virtude, o conhecimento do bem e a ascese aumentam o domínio da vontade sobre os próprios atos. (CIC. 1733 e 1734).