20101101

Minhas estórias

A importância de conhecer para fazer o bem.


Numa ilha perto onde moro aconteceu algo muito interessante: Existe uma espécie de árvore que muitos moradores desta ilha usavam para fazer pequenas embarcações, é uma madeira macia e de fácil acabamento e também abundante nesta região. Mas certo dia esta espécie de árvore começou a morrer, logo vieram técnicos do I.B.A.M.A. e pesquisadores de uma renomada faculdade daqui do Rio de Janeiro para verificar o que estava acontecendo. Verificaram que um besouro estava furando a árvore e que a população desses besouros aumentava a cada dia. Fizeram ações preventivas e continuaram as pesquisas.Concluíram que a população de besouro aumentava, à medida que, a população de pássaros diminuía na ilha. Descobriram que os besouros faziam parte da cadeia alimentar dos pássaros. Daí começou uma outra pesquisa: por que os pássaros estavam diminuindo? Descobriram que os sagüis estavam comendo os ovos dos pássaros e assim a população de pássaros diminuía a cada ano.Mas, por que a população de sagüis aumentou? Diante de outra pesquisa, descobriram que nunca existiu sagüi nesta ilha e que um dono de uma casa de praia, ao perceber a falta de tal animal, trouxe alguns casais para ilha. Com a proliferação dos sagüis diminuiu a população de pássaros, que aumentou a população de besouros que se alimentavam da tal árvore. Bioma é o conjunto de espécie em uma determinada região que chegou a seu equilíbrio populacional. É interessante como uma intervenção humana mudou todo equilíbrio biótico da região.



Dona Raimunda e a inundação.


Dona Raimunda veio do norte, ainda lembra quando começou a trabalhar numa mansão na Barra da Tijuca. Aos 19 anos começou a pagar a prestação de um terreno que comprou numa favela próximo dali. Com muito custo construiu uma casinha de quatro cômodos, foi quando dona Raimunda conheceu Carlos, um pedreiro que trabalhava na sua casa. Começaram a se conhecer e descobriram que participavam na mesma Missa no domingo, Carlos se encantou com a jovem morena, muito trabalhadeira e com uma dignidade que ele não encontrará até naquele momento, por outro lado a jovem Raimunda pensava o mesmo por Carlos. Aos 21 anos acontece o casamento dos dois, aos 22 ela tem o primeiro filho, ao 24 o segundo. Com muita dificuldade Dona Raimunda comprou junto com Carlos os moves da casa, numa conhecida loja de moves e eletrodomésticos, compraram a crediário em 24X. Mas existia uma coisa que Dona Raimunda, Seu Carlos e filhos temiam: a inundação, onde ela construiu sua casa inundava na época da chuva. Certo dia o tempo prometia um temporal, Carla ao chupar uma bala jogou o papel no chão, que foi levado pela enxurrada, que se juntou com as garrafas P.E.T. do Pedrinho que brincava de boliche na rua, que juntou com o lixo de Dona Lúcia que estava no portão, que juntou com o lixo que estava armazenado na esquina da rua esperando o caminhão para coleta que não passara naquele dia, que entupiu os ralos e bueiros, que inundou a parte da favela onde estava à casa de Dona Raimunda, que perdeu todo o seu moves e ainda faltam 11 prestações. Dona Raimunda ainda lembra quando começou a trabalhar numa mansão na Barra da Tijuca...
Em resposta ao repórter sobre os móveis perdidos, Dona Raimunda responde: “Enquanto nós tive vida, nas mão tive força e Deus ajudá, a gente compra o move de novo”.



Quem somos? A civilização do amor.


Imagine o corpo humano e quantas células existem nele? Respostas mais precisas dizem assim: aproximadamente... São ligadas entre si, umas depende das outras para formar o corpo humano. Cada uma pode formar um determinado órgão, especificas, ou comuns, necessárias... Podemos comparar a qualidade específica de cada célula a nossa vocação, cada pessoa tem a sua e cada vocação para servir o corpo de acordo com sua especificidade. O corpo humano e suas células podem nos explicar a importância da nossa vida no mundo e como estamos interligados.
Imagina agora algo que pudesse fazer com que todas células do corpo, sem exceção ficassem doentes. Imaginou? Assim aconteceu com o pecado original, ele foi capaz de adoecer todos nós. Todos nós já somos marcados pelo pecado de Adão e Eva, é como se todas células do corpo de Adão e Eva ficassem doentes e por hereditariedade seus filhos já nasceram com as células doentes. Somos uma célula doente formando um corpo chamado civilização. Somos células interligadas e dependentes, mesmos as mais importantes dependem das menos importantes. Assim somos nós: os pobres dependem dos ricos, os ricos dos pobres; os intelectuais de dependem dos menos favorecidos em sabedoria; o patrão depende do seu empregado e o empregado do emprego; o aluno do professor, em fim. Uma célula do corpo humano quando adoece atinge também a que está do seu lado e aquela que esta em contato com a adoecida, também acaba adoecendo a outra que esta ligada nela. E assim cria-se um mosaico doentio. Daí é que entra Jesus cristo: Jesus foi e é uma célula saudável que habitou entre nós e não se deixou adoecer. Jesus veio nos curar e nos mostrar como ser uma célula saudável, para que possamos ser, também, uma célula saudável neste corpo que é a civilização. Mas para isto é preciso viver como ele viveu, amar como ele amou é assim que se constrói a civilização do amor, pelo menos nas células que estão ligadas a nós. Pense nisso!!



Um amor diferente.


1-Juraci e Antonio estavam cavando um buraco no meio da rua, faziam um bueiro para reconstruir um tratamento de esgoto. Logo que chegou às 3h e 30m da tarde, Juraci falou com o Antonio que estava chegando à hora de ir embora, então começaram a tampar o buraco com uma madeira. Antonio falou com Juraci que aquela tábua não agüentaria duas pessoas andarem em cima, ficaram os dois discutindo, para trocar a madeira, levava mais de meia hora para buscá-la do outro lado da cidade e com isso passaria das quatro. Antonio decidiu buscar a madeira, mesmo que aquilo o levasse ir embora mais tarde. Juraci esbravejando, mas ajudou.

2-Dona Maria de Lurdes estava muito doente e foi se consultar com o médico do posto de saúde perto de sua casa. Com um resfriado e várias inflamações pelo corpo o médico logo a colocou no soro e disse que eram necessárias algumas injeções. Deixou-a aos cuidados de uma enfermeira e recomendou para fazer o teste alérgico. Feito o teste alérgico foram aplicadas as injeções que tiveram sucesso.


3-Júlio César era um DJ que amava música, gostava de divertir as pessoas e isso o divertia. Já pensava na segunda, no próximo fim de semana, ensaiava algumas mixagens, procurava uma música nova.
Hoje, Júlio César deixou de ser DJ, ele percebeu que quando tocava algumas músicas fazia com que as meninas dançavam sensualmente e isso despertava o desejo sexual nos meninos. Arrependido, hoje Júlio César tenta não ficar pensando quantos jovens ele instigou ao sexo com músicas sensuais e de duplo sentido, e busca refúgio na misericórdia de Deus.



A mensagem na pedra


Existiu um homem que navegava, navegava com o seu barco de costa a costa, entre países. Para ele não existiam fronteiras, na calmaria, no mar revolto lá estava o homem destemido.
Num belo dia em alto mar ao passar por uma ilha em seu través, seu barco começou a entrar água, aos poucos a água ia inundando e levando barco a pique. Rapidamente o homem pegou alguns dos seus pertences, o que pode salvar, embarcou no bote de sobrevivência e remou até a ilha.
Ao desembarcar na ilha ficou muito tranqüilo, pois tinha mantimentos e um celular via satélite. Começou a explorar a pequena ilha e logo encontrou uma gruta, ao entrar na gruta viu uma grande luz, algo que reluzia despertando a sua curiosidade.

...Entrei na gruta, era à tarde, o sol já estava se pondo, resolvi voltar e ficar junto aos mantimentos. Tomei um pouco de água e fiquei imaginando que luz era aquela que vinha do fundo da gruta. Nesse momento não pensei em ligar para alguém para vir me salvar, afinal eu era um aventureiro e estava numa ilha deserta com tudo necessário para sobreviver por alguns dias.
Ao amanhecer, me dirigi à gruta e após alguns obstáculos cheguei aqui. Descobri muito ouro, pedras preciosas, muitas moedas antigas que parece de um grande valor, como pode ver. Logo na minha mente veio um pensamento forte: estou rico, casas, carros, mulheres; mulheres, carros, casas...
Ia pegar o telefone e ligar, mas pensei: se alguém vier me salvar vou ter que dividir os bens, mas se eu não contar nada? Éééhh!! Mas posso chegar aqui e não mais encontrar, afinal a fortuna é de quem a encontrou, preciso pensar melhor.
Estava vivendo os dias mais felizes da minha vida, cheio de saúde, rico e com muitos planos.
No terceiro dia passou um avião um pouco distante, mas não quis usar um sinalizador, ainda precisava pensar melhor. No décimo dia, passou um transatlântico todo iluminado foi quando resolvi usar os sinalizadores, mas acho que com tantas luzes não me viram sinalizar. Quanto ao celular, no terceiro dia acabou a bateria.
Hoje é o 32º dia dou muito valor a minha vida, resolvi deixar escrito nesta pedra o que aconteceu comigo nestes dias. Há 20 dias acabou o mantimento, racionei a água que acabou há uma semana.
Não sei se amanhã eu terei mais forças e por isso eu estou escrevendo hoje, o dia de hoje para mim é único.
Por favor, não se encante com as riquezas, comece a varrer o pó que está perto de mim e verá quantos foram os náufragos que se encantaram com elas, verá outros ossos já deteriorados pelo tempo.
Talvez esta história seja muito triste para você, mas ela é minha, somente minha, a sua pode diferente se não se deixar levar pelas riquezas que acabou de encontrar.
Lembre-se dessa frase que eu vou te ensinar:


“A vida vale muito mais que as riquezas”.